quarta-feira, 29 de agosto de 2012
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
A importância da família na socialização da criança
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O seguinte artigo, escrito por uma pesquisadora portuguesa, aborda a questão da socialização da criança com base nos impactos inferidos pela família nesse processo. Apesar de escrito no português de Portugal e com um grau mais acadêmico, vale a pena conferir:
"É com os membros da família que a criança inicia o seu processo de socialização e é igualmente nela que encontra os primeiros objectos de apego. Vários estudos defendem que o adulto desempenha, nesta fase, um papel fulcral nos afectos como fonte de estimulação. Schaffer e Emerson (1964) consideraram que as características mais significativas consistem nas respostas dadas pelo adulto aos sinais emitidos pela criança assim como à quantidade de interacção que acciona espontaneamente com ele. Há que ter em conta que desde tenra idade a criança compreende que a resposta imediata dos pais aos seus apelos significa que os seus actos podem exercer um efeito nas pessoas e no meio ambiente (Yarrow et alii, 1975). Importa salientar que as famílias têm características diferentes. Os pais de uma classe social baixa sofrem numerosas situações de stress (problemas económicos, excesso de trabalho, um número elevado de filhos, etc), o que lhes diminui, significativamente, não só o tempo disponível para interagirem com os filhos como a sua própria disponibilidade mental.
Hoffman (1961) constatou que a interacção afectiva existente entre pai/filho está directamente relacionada com a aceitação da criança por parte dos companheiros e da aceitação dos companheiros relativamente à criança. Y. Winder e Rau (1962) salientam que os pais e as mães das crianças que são bem aceites pelos colegas raras vezes recorrem ao castigo físico para repreenderem os seus filhos. Referem, igualmente, que as mães destas crianças recorrem muito pouco à negação de privilégios como forma de castigo, enquanto os pais fazem avaliações favoráveis às suas competências (condutas que podem ser interpretadas como sinais de aceitação). Do exposto, conclui-se que os investigadores consideram a atitude dos pais essencial, porque uma inadequada relação com as figuras de apego (pai ou mãe, em geral) são factores impeditivos para a criança se sentir segura e independente, o que lhe dificulta e reduz a interacção com o grupo de pares. Ao não adquirir competências sociais, a criança fracassa nas poucas tentativas que faz para se aproximar das outras crianças, fracasso que contribui, uma vez mais, para diminuir a sua competência social.
Os pais não são, no entanto, os únicos elementos da família a ter em conta relativamente aquele que consideramos ser o primeiro processo de socialização da criança. A relação com os irmãos não pode ser remetida para segundo plano uma vez que a família nuclear não é apenas constituída pelos pais da criança. As relações existentes entre os irmãos assumem também um importante papel no que respeita ao seu desenvolvimento.
Segundo alguns estudos (por exemplo, Zussman, 1978), os pais vão modificando os seus métodos de aplicar a disciplina aos filhos à medida que a família vai aumentando. A este respeito, McGillicuddy-Delisi (1982) afirma que os pais de famílias numerosas mostram mais o seu poder e têm menos manifestações de afectividade relativamente aos pais de famílias mais reduzidas.
Os resultados obtidos por Light (1979) confirmam a existência de uma correlação significativa entre a quantidade da interacção exclusiva com os adultos (mais diminuta, obviamente, no caso de a criança ter irmãos) e o desenvolvimento da capacidade de adopção de diferentes perspectivas. O autor salienta ainda a tendência revelada por muitos pais que possuem um único filho para promoverem brincadeiras com outras crianças a fim de o compensarem dos possíveis efeitos negativos decorrentes desse facto. A interelação promovida por estes pais funciona como um elemento facilitador da sua entrada no jardim-de-infância.
De acordo com o exposto, sempre que nos propusermos abordar a questão do processo de socialização da criança há que ter em conta os seguintes aspectos: a interacção com os pais; a natureza e a interacção com os irmãos; a comparação social que resulta do tratamento diferencial dos outros para com ele e a interacção da criança com outros companheiros."
Elsa Martins
Fonte: http://www.redem.org/boletin/boletin300409c.php
terça-feira, 14 de agosto de 2012
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
Dica CTM: Filme "A Era do Gelo"
O filme "A Era do Gelo" é ótimo pois ensina o valor da amizade e da lealdade. Recomendamos que os miletinhos e as miletinhas assistam, não só o primeiro, quanto a "A Era do Gelo 2", "A Era do Gelo 3" e "A Era do Gelo 4".
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