segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

A importância da música na educação das crianças

A importância da música na educação das crianças

A música é um dos principais meios de comunicação existentes na sociedade. Através dela é possível transmitir não só palavras mas sentimentos e ideias que podem ganhar grandes proporções didáticas, quando bem direcionadas.
“Primeiramente, devemos educar a alma através da música e a seguir o corpo através da ginástica” disse Platão.
Segundo ele, a ginástica é dança e luta. A luta para conquistar saúde e vigor e a dança para alcançar a nobreza e liberdade. A ginástica com a função de desenvolver a valentia e não a robustez do atleta, e a música para ajudar a não se praticar nada de mal, além de contribuir para desenvolver ritmo e harmonia.
Assim sendo, a finalidade da educação musical é “infundir no educando um espírito de ordem e desenvolver o verdadeiro amor à beleza.” Uma sociedade em declínio é uma sociedade que abandonou a educação musical como parte integrante do processo educativo.
De acordo a Platão, a música é feita de sons, que se manifestam em movimentos ordenados. O bem específico da música é a capacidade de introduzir ordem e beleza de forma perfeita nas ações e na vida. Ele define a música como arte educadora por excelência que, penetrando na alma por meio dos sons, inspira o gosto pelas virtudes. Por esta razão, na verdadeira educação está presente a música. Ela não pode transmitir outra coisa se não as virtudes. Na música estão contidos três elementos: as palavras, a harmonia e o ritmo. Daí a importância da boa e verdadeira música. A música penetra diretamente em nossos centros nervosos e ordena de maneira rápida e imediata a divisão do tempo e do espaço.
“A música, tem o poder de acalmar e disciplinar uma criança, portanto facilita a aprendizagem, seja ela formal ou no âmbito familiar. Ela é um dos estímulos mais potentes para os circuitos do cérebro, além de ajudar no raciocínio lógico matemático, contribui para a compreensão da linguagem e para o desenvolvimento da comunicação. Atua nos dois hemisférios do cérebro. O direito que é criativo e intuitivo e o esquerdo que é lógico e sequencial” afirma Paulo Roberto Suzuki – Musicoterapeuta.
Pesquisas realizadas com o intuito de provar a ação da música nas células cerebrais, mostram que após meses de aula de piano e canto, uma criança manifestou melhores resultados na reprodução de desenhos geométricos, na percepção espacial e no jogo de quebra cabeças.
O processo de ensino que se baseia em uma vivência musical direta e imediata, com manipulação e experimentação sonora, em prática musical coletiva e em vivência corporal, estão em consonância com a psicopedagogia de Vigótski.
“Não dá para falar de música, sem falar de Mozart, o grande gênio da música”, diz Délia Steinberg Guzman. Ele é um clássico por excelência, somente nele as formas tomam vida e expressão, é o mais fantástico conhecedor de regras, imaginação e sensibilidade. Seu estilo universal é atemporal.”
A filósofa Maria Angeles Fernández, inspirada em Apolo, deus da música nos diz: “nada, é mais agradável aos ouvidos dos deuses, que estes maravilhosos sons vindos das cordas, extraídos do vento, paridos dos ventres inchados de tambores e atabaques. O mundo se criou com música, o homem tão pequeno, tão limitado frente a soberba grandeza de seu contexto, aprendeu em seguida que os sons eram sua comunicação com Deus.”
Sabemos da importância de estabelecer regras para o reconhecimento dos limites na educação da criança, e quem nos ensina isso é a própria natureza, que nos mostra a todo instante a presença do ritmo, da harmonia e do som. É certo que, a música nos traz elementos para estabelecer a harmonia, porque é a própria harmonia.
Nenhuma criança permanece quieta enquanto canta, bate palmas, bate os pés e dança, ou seja, os instrumentos naturais do próprio corpo, em sua qualidade de gestos rítmicos primordiais, complementam a expressão melódica do canto. Considerando que o movimento para a criança é tão necessário quanto o repouso e a alimentação, mais um motivo para considerar a música como elemento primordial em sua educação.
Ao trazer estes elementos para enriquecer e também elucidar a nossa reflexão, meu objetivo não é outro se não colocar a música no seu lugar de excelência na educação da criança e também chamar a atenção de pais e educadores para fazer uso de uma linguagem musical na comunicação ao educar, pois é a linguagem da alma, portanto, a linguagem adequada para sintonizar com a alma de uma criança.
Crianças pertencem a um mundo puro, inocente e mágico, onde a música está presente, portanto, não deve ser excluída do seu cotidiano, pois sua natureza anímica, pede isso.
A música é a linguagem da alma e como tal ela poderá nos ajudar a resgatar os verdadeiros valores tão ausentes no mundo de hoje, carente dos reais valores humanos. Humanizar a educação é o maior desafio que encontramos hoje nas escolas e nas famílias. Humanizar a educação, é fazer valer estas três grandes virtudes: a bondade, a beleza e a justiça.
Quero com esta reflexão fazer um chamado a todos aqueles que de alguma forma educam crianças ou mesmo só têm contato permanente com elas, que façam uso desse grande recurso ao educar: a música. Ajudando-as a preservar esta virtude que já é de sua natureza: a sensibilidade.
Muitas vezes os pais bem intencionados, buscam oferecer aos filhos a melhor educação, colocando-os em aulas especiais diversas, além de uma escola de educação infantil, com o intuito de ajudá-los em sua formação. E no entanto, na maioria das vezes não valorizam e por isso mesmo não estimulam a educação musical, na educação dos filhos, por desconhecer o seu real valor. Posso afirmar que a educação musical é completa, educa todos os aspectos do ser humano.
Em uma educação onde se estimula mais o lado esquerdo do cérebro, ou seja, o racional, a sensibilidade cede lugar ao endurecimento nas relações, gerando pessoas mais distantes e frias, ou seja, com pouca ou nenhuma sensibilidade. E a música é antídoto mais eficaz que podemos lançar mão contra este mal.
Uma ação pedagógica eficaz é cantar, ouvir boas músicas, ouvir músicas clássicas, ouvir sons da natureza junto com os filhos.

Para cantar com a criança, não é necessário possuir técnicas vocais, e sim deixar a voz sair do coração e passar pela garganta carregada de emoção, e assim conduzí-la, nesse mundo mágico em que ela vive. Cante com ela e os laços afetivos certamente serão fortalecidos, facilitando assim o seu processo educativo.

Fonte: http://www.vidamaterna.com/a-importancia-da-musica-na-educacao-das-criancas/

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Como estimular a fala da criança



O bom desenvolvimento do bebê depende – e muito! – dos estímulos oferecidos pelos pais e pelo ambiente em que está. Isso vale até mesmo para a fala. As crianças possuem vários estágios de fala:
– 0 a 3 meses – sons de vogais
– 4 a 6 meses – repetindo o som da mesma consoante várias vezes como “dadada”
– 6 a 9 meses – balbuciando com mais sons à mistura
– 10 a 12 meses – jargão de bebé, quando o bebé parece falar a sua própria linguagem
– 10 a 18 meses – palavras perceptíveis completas
Conversar, cantar e ensinar são essenciais para um bom desenvolvimento. Estar atento à audição do bebê também é muito importante, pois precisamos de uma audição normal para adquirir a linguagem espontaneamente.
Para incentivar o seu bebê a começar a falar, ficam aqui algumas sugestões:
– Fale muito com o bebê.
– Fale normalmente e corretamente com o seu filho, nada de “pepeta”, “banbanho”e etc.
– Responda ao seu choro – o choro é a linguagem do bebê e o adulto deve responder a esse choro.
– Conversa do dia a dia – Esse tópico chamo de narrativa de acontecimento. Funciona da seguinte maneira, quando estiver trocando a fralda do bebê por exemplo, vá explicando tudo o que está fazendo, conversando com ele o tempo. Esse tipo de conversa é muito importante para a linguagem e também para o asseguramento emocional do bebê.
– Cante para o seu filho – Mesmo que você não seja uma ótima cantora, cante bastante para ele, certamente ele vai adorar.
– Ler um livro – Embora possa pensar que um bebê pequeno não dá interesse a um livro, a verdade é que pode ter mais interesse do que pensa. Logo que o bebê for capaz de se sentar, leia-lhe um livro de crianças, de preferência livros com algumas frases. Estará, desta forma, contribuindo para aumentar a familiaridade do bebê com as palavras.
– Incentive – Quando a criança começar a balbuciar, mesmo que sejam as primeiras palavras que ninguém compreende exceto os pais, incentive o seu bebê a continuar o seu bom caminho na aprendizagem da linguagem.
As primeiras palavras devem ser pronunciadas até um ano e três meses.Caso isso não ocorra, o pediatra e o fonoaudiólogo que acompanham o seu filho devem esclarecer dúvidas, pois existem vários fatores que podem interferir e prorrogar o desenvolvimento da fala.

Fonte: http://dicaspaisefilhos.com.br/categoria/bebes-e-criancas/desenvolvimento/page/44/