sábado, 16 de agosto de 2014

As Novas Tecnologias e as Crianças...

As Novas Tecnologias e as Crianças...

Com frequência se enfatiza os supostos benefícios que a moderna tecnologia pode nos proporcionar. Mas precisamos compreender que tudo precisa ser usufruído com sabedoria, com inteligência e sensatez.
Se os benefícios são indiscutíveis, os malefícios, de forma intencional, quase nunca são mencionados. Mas, se colocarmos tudo numa balança usando como medida o bom senso podemos ver a coisa de outra forma, com mais inteligência, o que poderá nos proporcionar melhores resultados.
Se de um lado o mundo da informação digitalizada nunca nos ofereceu tantas possibilidades, por outro, há um lado obscuro que precisa ser avaliado, estudado, esclarecido, ponderado, para que os supostos “avanços” e benefícios não se transformem em malefícios. É bom lembrar sempre do adágio: “Um tijolo, nas mãos de um pedreiro serve para construir, nas mãos de um malfeitor, como arma de destruição”.
Ao final vale a ponderação e o bom senso. "Criança sem bom senso em terra de ninguém, acaba encontrando aquilo que não convém".
Enfim, a seguir eis algumas considerações que podemos pautar com ponto de partida para nossa reflexão.
"A internet aproxima as pessoas através de uma maior interação"

Isso não é verdade. Um número cada vez maior de usuários se isola, se contentam com o contato virtual, e de fato passam a conhecer mais pessoas, mas de forma completamente impessoal, do mesmo modo como também lidamos com nossos vultos famosos, ou ícones pessoais. Saber que as pessoas existem não é a mesma coisa que vivenciar o contato pessoal, a interação física, o diálogo olho no olho. Amizade não se firma no mundo virtual, mas no físico. Afinal de contas, uma boa conversa presencial ainda é o melhor remédio para fortalecer e potencializar uma amizade, já no mundo virtual, isso não se aplica.
Uma grande quantidade de amigos virtuais, muitos nem existem de fato, não significam muitas amizades. Amigos existem no mundo real, presencial, e apenas o convívio de fato faculta a criação de vínculos que podem, depois, se transformar em amizades, o resto é eufemismo, uma forma que a indústria do entretenimento encontrou para controlar, cativar, escravizar, manipular e fazer lavagem cerebral em seus infelizes consumidores, ou usuários.
E o resultado desse isolamento mascarado de interação é a alienação, o fanatismo, a dependência cada vez maior por drogas, uma vez que são usadas para compensar a solidão, a angústia e a depressão causada pela clausura, pela falta de contato físico. Há ainda uma geração inteira que passa os dias em ambientes blindados, fechados, onde a única luz do sol que vêem é a virtual.
E uma das consequências é o sedentarismo e a carência de vitamina D. A vitamina D, na verdade não é vitamina, trata-se de um hormônio, é responsável pelo controle de 229 funções do nosso corpo, e com sua falta, o que ocorre pela heliofobia, ou medo da luz solar, ou pela falta de exposição ao sol, favorece a tendência do aumento das doenças crônicas motoras, tais como, as patologias reumáticas, a esclerose múltipla, os cânceres, a deficiência visual, melancolia e depressão, e a pior de todas, a insensatez, ou arrogância de julgar que inteligente é todo aquele capaz de saber operar bugigangas eletrônicas.
"A criança aprende mais com a grande quantidade de informação"

Isso é um mito dos mais importantes e mesmo antiético, que infelizmente se transformou em uma falsa verdade, e o pior de tudo, largamente apoiada pelos seus criadores, os senhores da comunicação virtual, uma poderosa indústria cujos axiomas são seguidos e cultuados como verdadeiras doutrinas religiosas.
De fato existe muita informação, mas, grande parte desta é desqualificada, ou simplesmente lixo, o que acaba por causar mais confusão que esclarecimento. Há um excesso de desinformação. Ali é uma terra de ninguém, onde qualquer um escreve o que bem entende, onde a ética não é uma regra. Má informação numa mente infantil sem discernimento tem o mesmo peso de uma verdade. Saber filtrar o que serve daquilo que não serve ainda não faz parte do repertorio cognitivo de uma criança, logo, ela estará sob jugo das inúmeras correntes negativas que proliferam no meio virtual.
"A criança cada vez mais cedo se torna madura..."

Isso é um mito. Maturidade não se consegue com informação, mas com vivência, experiência de vida. Informação sem discernimento, ou cujo significado não se conhece, não se pode medir, é a mesma coisa que semente que é plantada sobre pedra. Além disso, a criança passa a maior parte do seu tempo “brincando” e fofocando no meio virtual, motivada mais pela curiosidade das muitas bobagens que circulam nas redes sociais, do que pela possibilidade de aprender alguma coisa que lhe seja útil de fato. Logo, há de fato um intenso intercâmbio, mas entre fontes igualmente imaturas e desinformadas, resultado, mais desinformação e confusão que erudição e cognição.
Bom, isso não é tudo, mas bem que pode servir como um primeiro passo para nossas reflexões sobre o assunto.
E por último, não acredite em nada que você mesmo não seja capaz de experienciar, comprovar pela vivência, nem nesse texto. Experimente, descubra em si mesmo, transforme a ideia em coisa prática, e tudo isso em um viver com dignidade. 


Fonte: http://sitededicas.ne10.uol.com.br/grito-de-alerta-computador.htm

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